Juniperus turbinata – Sabina-da-praia, Zimbreiro

Esta foto mostra o pormenor de flor com cinco pétalas muito brancas e dois botões avermelhados de jasmineiro-galego, jasmim-branco, jasmim - Jasminum officinalis
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frutos maduros do loureiro – Laurus nobilis
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Sabina-da-praia

 

Família: CUPRESSACEAE

Nome científico: Juniperus turbinata Guss. subsp. turbinata

Publicação: 1844

Grupo: conífera perene

Nomes vernáculos: sabina, sabina-da-praia, zimbreira, zimbreiro, zimbro-das-areias

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Hábito: arbusto ou pequena árvore não indo além dos 6 a 8 m de altura; tem tronco direito, curto e ramificado desde a base; a copa densa, pode ser cónica-fastigiada ou redonda, no entanto quando exposto a ventos intensos, como acontece em certas zonas do litoral tem frequentemente um porte prostrado; tem raminhos roliços e escamosos.


 

Folhas: dois tipos, as juvenis, raras, aciculares, verdes com duas faixas que se tornam cinzento-azulado em ambas as páginas, as adultas verde-escuro, escamiformes, imbricadas, obtusas ou agudas.

Flores: planta dióica que floresce durante o Inverno ou no final deste, entre Novembro e Fevereiro. As flores masculinas dispõem-se em cones nas extremidades dos ramos, são ovóides, com 5 ou 6 pares de escamas. As femininas são globosas e situam-se nos raminhos laterais, com 6 a 8 escamas, cada uma destas com um óvulo, que origina um fruto.

Frutos: o fruto da sabina-da-praia, a gálbula, de forma globosa, ou ovóide, verde-amarelada de 8 a 14 mm quando jovem torna-se castanho-avermelhado ou amarelado quando amadurece durante o segundo ano. Cada fruto contém entre 3 a 9 sementes.

Gomos:

Ritidoma: acastanhado, destacando-se em tiras pouco espessas.

 

Habitat: essência xerófila, aceita pluviosidade baixa (250 mm anuais), suporta a meia sombra, muito frugal; satisfaz-se de qualquer tipo de solo, embora seja frequente em solos rochosos ou arenosos litorais, possui um sistema de enraizamento profundo, formando zimbrais.

Aprecia os Verões escaldantes, resiste bem à seca, às geadas e ao frio; desenvolve-se até 1200 m de altitude. Encontra-se naturalmente em dunas litorais e faz parte de matos perenifólios podendo encontrar-se em sub-bosques de pinheiro-bravo e de pinheiro manso.

Arbusto de crescimento lento, mas de grande longevidade, chegando aos 500 anos.

Propagação: propaga-se unicamente por semente.

 

Distribuição geográfica: originária da região mediterrânica que também ocorre na costa atlântica portuguesa.

Em Portugal: encontra-se na zona litoral, sobretudo centro e sul: do Cabo Mondego estende-se para o interior pelas bacias do Sado e do Guadiana, subindo pelos contrafortes da Serra do Caldeirão.

 

Usos: essência espontânea, interessante, que devido à sua cobertura protege contra o vento facilitando a fixação das areias litorais.

A madeira dura, aromática, branca ou branco amarelado pode ser utilizada em carpintaria e marcenaria.

O zimbro, um arbusto que a tudo resiste

Os zimbros, são antiquíssimos no reino vegetal. Actualmente vivem em meios naturais particularmente difíceis, como dunas, suportam a fraca pluviosidade e o frio e são muitos resistentes ao vento, devido ao profundo enraizamento. Protegem os solos em geral e os dunares em particular, constituindo assim zimbrais. Espécie também utilizada como ornamental.

 

Os outros zimbros existentes em Portugal

Fazem parte da mesma família: o zimbro comum (Juniperus communis), o oxicedro (Juniperus oxycedrus), o piorro (Juniperus navicularis),  o zimbro-das-ilhas, endémico dos Açores (Juniperus brevifolia), e o cedro-da-madeira, este endémico da ilha da Madeira (Juniperus cedrus).

 

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