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A Poezia do Outomno
27 mars 2016![](https://www.arvoresearbustosdeportugal.com/wp-content/uploads/2017/09/António-Corrêa-d’Oliveira.jpg)
Pela Pátria
27 mars 2016![](https://www.arvoresearbustosdeportugal.com/wp-content/uploads/2017/09/António-Corrêa-d’Oliveira.jpg)
Mãe
Olha, meu filho! quando, à aragem fria
De algum torvo crepúsculo, encontrares
Uma árvore velhinha, em modo e em ares
De abandono e outonal melancolia,
Não passes junto dela nesse dia
E nessa hora de bênçãos, sem parares;
Não vás, sem longamente a contemplares:
Vida cansada, trémula e sombria!
Já foi nova e floriu entre esplendores:
Talvez em derredor, dos seus amores
Inda haja filhos que lhe queiram bem…
Ama-a, respeita-a, ampara-a na velhice;
Sorri-lhe com bondade e com meiguice:
— Lembre-te, ao vê-la, a tua própria Mãe!