Escuto, escrever é escutar,
ver, calar, deslizar,
a ritmo de hamadríades
que nascem e morrem
dentro d’uma árvore oca.
Se eu fosse essa árvore,
de linhas preponderantes
e ouvidos de sol,
efígie hermafrodita
de tromba sugadora,
impiedosa e melódica
– mas sou apenas máscara,
sombra da sombra de mim.