Árvore
25 Outubro 2019À figueira da Quinta de S. Pedro – S. Lourenço, Azeitão – pedindo à sua dona que nunca a deixe morrer
Na profusão dos gestos, a presença: a figueira.
Merecia ir à piscina tomar banho, a figueira.
Merecia mais que muita gente,
que, semovente,
passarinheira,
não passa afinal de estar à beira.
Com seus braços,
nadaria, ao mesmo tempo, em todos os sentidos,
seria a presença inteira
(e nunca, meu Deus!, a D. Maria
ou a D. Fernanda Figueira…)
– Generosa figueira,
quando estiveres doente quem te deita?
Alexandre O´Neill, (1924-1986),
in “Coração acordeão”, O Independente, 1973
in “Poesias Completas & Dispersos”, edição de Maria Antónia Oliveira, Assírio & Alvim, 2017
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