Corylus avellana – Aveleira

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Aveleira

 

Família: BETULACEAE

Nome científico: Corylus avellana L.

Publicação: 1753

Grupo: folhosa caduca

Nomes vernáculos: aveleira, avelaneira, avelãzeira

 

Hábito: arbusto elevado de meia luz, caducifólia de de 4-5 m, podendo atingir 8 m de altura, com numerosos caules rectos desde a base, formando uma copa pouco densa e irregular, raminhos sinuosos com pêlos avermelhados.

Folhas: alternas com 5 a 10 cm de comprimento, duplamente dentadas, com até 8 pares de nervuras quase direitas, de suborbiculares a amplamente ovadas, cuspidadas, curtamente pecioladas, pubescentes em jovem, perdendo progressivamente o indumento principalmente na página superior.

Flores: espécie monóica com floração de Janeiro a Março, ambas as flores encontram-se nos mesmos ramos; as masculinas verde-claras estão dispostas em amentos pendentes e quase sésseis com 2 a 9 cm de comprimento, as femininas agrupadas numa gema escamosa verde, de onde sobressaem os 7 a 9 estiletes vermelhos.

Frutos: aquénios que atingem a maturação em Setembro; ovóides ou globosas, cada avelã está envolvida por um invólucro foliáceo constituído por brácteas e bractéolas, soldadas e peludas que quase ocultam os frutos; verde-claro primeiro e castanho na maturação, as avelãs estão dispostas de 1 a 5 na extremidade de um pedúnculo comum.

Gomos: alternos, globulosos castanho-esverdeados com escamas lisas e glabras.

Ritidoma: liso, um tanto brilhante com lentículas castanho-claras, pardo-avermelhado em jovem, torna-se depois cinzento, ligeiramente gretado horizontalmente; os raminhos, sinuosos, pouco tomentosos, são avermelhados.

Habitat: grande amplitude ecológica: zonas temperadas da Europa, bosques húmidos e sombrios, margens de cursos de água, planícies e montanhas até 1500-1800 m de altitude, grande resistência ao frio; Possui um enraizamento superficial, sensível à seca, adapta-se bem a diversos tipos de solos, desde que sejam frescos e ricos em nutrientes, necessita humidade atmosférica.

Frutificação a partir de 8 a 10 anos, mas só após os 15 anos o faz regularmente.

Propagação: Propaga-se por semente e rebenta bem pela touça, mas fraca longevidade, pois raramente ultrapassa 50 anos.

Distribuição geográfica: espécie espontânea em quase toda a Europa, chegando à Ásia Menor e ao Cáucaso.

Em Portugal: frequente em todas as montanhas do norte de Portugal, raramente se encontra a sul do Tejo, excepto em bosques ripícolas.

Usos: a avelaneira é cultivada pelo fruto. Algumas variedades seleccionadas cultivadas actualmente surgiram no século XIX.

Entre nós, as aveleiras são geralmente cultivadas no sub-bosque de carvalhais das zonas mais húmidas; cultura que é particularmente importante no distrito de Viseu.

A madeira é bastante dura e medianamente pesada. Devido ao pequeno diâmetro dos caules, tem poucas aplicações, no entanto, fabricam-se cabos de ferramentas e bengalas, ou produz-se carvão para as Belas Artes, quanto às suas raízes com veios, estas são utilizadas em trabalhos de embutido.

as outras aveleiras

De notar que as aveleiras silvestres, dão avelãs mais pequenas e em menor quantidade que as cultivadas, sendo no entanto mais saborosas.

Existem 15 espécies de aveleira (Corylus) no hemisfério Norte. Quatro delas são árvores, como a (Corylus colurna), cujo nome é aveleira do levante ou de constantinopla, possui um belo porte cónico, podendo ultrapassar 25 m de altura.

 

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